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“Não viemos para dar show” – LNF

Classificação garantida em dois jogos pela Copa do Mundo de Futsal da FIFA. O artilheiro disparado do torneio e vários outros jogadores bem-posicionados na lista. São 18 gols marcados no total, muitos deles podendo ser facilmente classificados como golaços – olá, Arthur.

A Seleção Brasileira está encantando o público em Bucara, isso é indiscutível. Mas esse experimentado grupo não se permite levar por qualquer noção de empolgação de momento, mesmo depois de terem demolido a Croácia.

Veja bem: não é que tenham saído de quadra com semblante fechado. Eles estão bastante satisfeitos com o futebol apresentado. Só entendem que nada disso vai importar se eles não voltarem do Uzbequistão com o troféu. O mantra de suas entrevistas antes de o torneio – “não podemos deixá-lo escapar novamente” – está mantido, com ou sem clipes virais.

“A sensação é muito boa dentro do nosso time. Estamos entrando 100%. Estamos concentrados desde o começo até o final. Não é porque alargou o placar que vai começar a fazer uma coisinha”, diz o pivô Pito. “Não estamos aqui para dar show.”

Pito comemora gol do Brasil | Foto: FIFA

Pode parecer um contrassenso escutar aquele que foi eleito o melhor jogador do mundo se pronunciar desta maneira. Justo ele que se movimenta em quadra e progride com a bola com pura classe? Calma, sem exagero também.

“Se sai naturalmente, tá liberado (risos), mas ninguém está fazendo algo aqui para aparecer. Não é do nosso feitio”, diz Pito.

O melhor do mundo foi considerado o Melhor da Partida contra os croatas, tendo marcado dois belos gols, um deles o mais importante da vitória: justamente o primeiro.

A equipe balcânica sustentou um jogo truncado contra o Brasil por mais da metade do primeiro tempo. Fecharam espaços, conseguiam acompanhar os craques adversários na corrida, bloqueavam finalizações.

Até que o talento de Pito e, depois, de Dyego terminou por desmontar essa defesa. Mas aí também não podemos nos esquecer de listar a pontaria precisa de um Marcel em inesgotável boa fase, colocando mais dois gols na sua conta e chegando a cinco no torneio. Ou de mencionar o chutaço cruzado que Neguinho acertou no ângulo. Ou, claro, o lance magnífico de Arthur.

“Nossa Seleção é baseada nisso. Temos muitos talentos e, se a gente bota o coletivo junto, a gente fica muito forte. Hoje ficou comprovado isso”, diz o fixo Marlon. “Sofremos um pouco no início com a parte física da Croácia, mas a gente tinha noção de que precisaríamos de paciência A gente soube sofrer um pouquinho nessa primeira parte do jogo, mas depois conseguimos esse placar elástico.”

Dyego, capitão da Seleção, em duelo contra a Croácia | Foto: FIFA

Por isso a eleição de um destaque para esta partida e qualquer outra partida da Seleção suscita no técnico Marquinhos Xavier uma reflexão e – por que não? – talvez um objetivo informal neste Mundial: dificultar ao máximo a escolha de um só nome de sua equipe.

“Quando a gente sai do jogo, um jogador vai ser escolhido. Mas tenho certeza de que hoje as pessoas devem ter se perguntado sobre quem iriam escolher”, afirma. “É difícil, pois vários jogadores sabem que temos uma estrutura e que podem desfrutar dela. Isso é o legal. A gente não precisa ficar na dependência de um.”

“É muito do que a gente tem falado e trabalhado. O Brasil sempre foi reconhecido pelo talento individual, mas acho que algumas vezes a gente individualiza demais o jogo. Que apareça o jogo individual é ótimo, esse é o nosso DNA, mas não pode haver individualismo. Acho que existe uma diferença”, completa o treinador.

Brasil goleia a Croácia na Copa do Mundo | Foto: FIFA

Assim como existe, dentro do vestiário, uma diferença entre empolgação e otimismo. Eles abraçam as vitórias. Se for de goleada, tanto melhor, claro.

“Estamos está realizando os jogos como deveríamos, com muita seriedade. Mas estamos realmente felizes de fazer no jogo aquilo treinamos tanto dar resultado em quadra”, diz Marlon. “É importante para a gente fazer jogos bons para poder ganhar confiança pensando mais à frente.”