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Parque Socioambiental do Roger terá orquidário e estruturas inspiradas em programa de Manaus

Imagine um espaço totalmente recuperado depois de receber toneladas de lixo por mais de 40 anos. Ele existe e logo estará aberto à população. É o Parque Socioambiental do Roger, que promete ser um marco na revitalização urbana de João Pessoa, transformando uma área degradada em um espaço multifuncional de proteção ambiental, lazer, recreação e aprendizado. As obras estão em execução e serão concluídas no início de 2026, quando o parque será entregue à população.

O paisagismo está sendo discutido e vai contar com soluções inovadoras que aliam funcionalidade, conforto térmico e apelo visual. A inspiração vem lá da região Norte. Recentemente, a equipe do Programa João Pessoa Sustentável (PJPS), responsável pela execução, esteve em Manaus (AM), acompanhada de parceiros do projeto, para conhecer o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+). O programa tem quase 20 anos de experiência e é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assim como o João Pessoa Sustentável.

Para discutir os detalhes do projeto de paisagismo, a Coordenação de Aspectos Urbanos do Programa João Pessoa Sustentável se reuniu com representantes da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e do Consórcio Jampa Sustentável. Juliane Ataíde, coordenadora de Aspectos Ambientais do PJPS, destacou a importância da troca de experiências. “A visita ao Prosamim serve de referência, inclusive para aplicação de instrumentos de conforto térmico, obras de arte e passeios que façam com que a população tenha vontade de estar no parque”, afirmou. Ela mencionou a possibilidade de incluir estruturas metálicas e até um orquidário no projeto, ideias que surgiram a partir da observação das soluções adotadas em Manaus.

André Luiz Bezerra da Silva, supervisor ambiental do Consórcio que supervisiona as obras, ressaltou o desejo de replicar as boas práticas observadas. “A ideia é que a gente consiga trazer o máximo de características do que a gente viu lá no Prosamim+. Temos que ver como pode ser contemplado nos contratos essas adaptações e com parceria com as outras secretarias, mas a gente veio com a ideia de melhorar todas as obras”, disse.

Parque do Roger – O parque será implantado na área de 31 hectares do antigo lixão do Roger, que funcionou durante quatro décadas como depósito de resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana, tendo suas atividades encerradas em 2003. Terá 21 hectares, preservando a área de mangue, e será dividido em sete setores principais, cada um com uma vocação específica.

O setor Administrativo cuidará da gestão e manutenção do parque, enquanto o de Produtividade e Profissionalização será focado em gerar oportunidades para a comunidade. Para os amantes do esporte, haverá o setor de Jogos e Campeonatos, com infraestrutura adequada para a prática esportiva. Quem busca tranquilidade encontrará no setor de Lazer Contemplativo e Trilhas um espaço para contato com a natureza.

As crianças terão uma área dedicada a elas no Parque Infantil, e as manifestações artísticas e culturais ganharão espaço próprio no setor de Artes e Cultura. Por fim, o setor de Proteção Ambiental será dedicado à preservação e educação ambiental.

O projeto – A recuperação ambiental da área está dividida em duas fases. A primeira, já em execução e com previsão de entrega para dezembro deste ano, contempla a recuperação ambiental com contenção periférica e drenagem de lixiviados, drenagem passiva de biogás, modelagem geométrica do maciço, além da infraestrutura básica como rede viária interna com ciclovia e calçada, rede de drenagem de águas pluviais e iluminação pública. A segunda fase, também em execução, abrange as obras do parque propriamente dito e será entregue no primeiro trimestre de 2026.

“Nós estamos na etapa final do projeto. A gente fez toda a parte de gabião e controle do lixiviado para preservar o mangue e agora estamos na parte da construção dos equipamentos, que vão funcionar aqui dentro. Vai ter equipamento ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, com curso de capacitação e formação; vamos ter a parte administrativa; a da Funjope, para atender à comunidade. Escolas de Samba, Ala Ursas, por exemplo, vão poder fazer seus ensaios neste espaço; teremos a parte de trilha, de restaurante, de cafeteria, um campo de futebol, quadra poliesportiva, basquete, handebol, vôlei, futsal. Vai ser um parque que vai atender toda a população de João Pessoa. O pôr do sol aqui, por exemplo, vai ser lindo de se ver”, declarou Vitor Cavalcante, coordenador executivo do Programa João Pessoa Sustentável.

Para a Secretaria de Meio Ambiente, que será responsável pela gestão do novo equipamento, a iniciativa representa um marco na recuperação de áreas degradadas e na oferta de espaços de lazer para a população. Pedro Henrique Caetano das Flores, engenheiro ambiental da Secretaria, enfatizou o potencial do Parque. “Esse sem dúvida vai contemplar um espaço de grande proporção, onde vão ter vários espaços de lazer e as pessoas vão poder contemplar a beleza natural desse espaço para as suas atividades de lazer e bem-estar”, destacou.