Anta macho e duas fêmeas de macaco-da-savana chegam ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara

O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) acaba de receber  novos moradores: uma anta macho, vinda do Zoológico Dois Irmãos, de Recife (PE), e duas fêmeas de macaco-da-savana, trazidas de um centro de criação de primatas em Belém do Pará. Os animais chegaram durante o fim de semana e o processo também contou com o apoio logístico da equipe do Zoológico Sargento Prata, de Fortaleza (CE).

“Com a chegada deles, o Parque Zoobotânico Arruda Câmara reforça seu compromisso com o bem-estar animal, a conservação da fauna e a educação ambiental, assegurando que cada espécie receba cuidados técnicos, acompanhamento veterinário e condições adequadas de convivência e adaptação”, afirmou a diretora do Parque, Milenna Simões.

A anta macho, chamada Biu, tem cerca de 16 anos e veio para ser emparelhada com Margarida Rose, fêmea que vive na Bica desde novembro de 2024 e tem uma história de superação. Ela foi resgatada em Rondônia após sofrer queimaduras e atropelamento, durante uma fuga de incêndios florestais. Por conta das sequelas, não teve como retornar à natureza e hoje recebe cuidados especiais no parque.

No momento, os dois animais estão em fase de adaptação, permanecendo em recintos separados, mas próximos para que possam se ver e se acostumar um ao outro. A expectativa é que, além da companhia mútua, o pareamento possa futuramente resultar em reprodução, contribuindo para a conservação da espécie, considerada o maior mamífero terrestre da América do Sul.

“O animal está bem e já se acostumado à rotina de zoológico. Então, não houve nenhum tipo de estranheza com relação à rotina, alimentação, higiene ou contato com os tratadores. Foi uma adaptação muito tranquila”, explicou Thiago Nery, chefe do setor de Zoológico da Bica.

Além da anta, o Parque Arruda Câmara também recebeu duas fêmeas de macaco-da-savana – uma jovem e uma adulta – que vieram para fazer companhia ao macaco Flecha, já residente na Bica. Flecha estava sozinho e, por se tratar de uma espécie de comportamento de vida em bando, os técnicos do zoológico identificaram a necessidade de fornecer companhia a ele. Com a chegada das novas fêmeas, será formado um grupo e, com isso, um maior bem-estar aos animais.

“O Flecha estava solitário e a gente entende que, por serem animais de bando, era importante que ele tivesse companhia. Conseguimos, com o apoio do Centro de Primatas de Belém e da equipe do Zoológico Sargento Prata, concretizar essa chegada”, afirmou Thiago Nery.