“O Japão quer ganhar tudo” – LNF

O Japão está prosperando como azarão. Empatou com a poderosa Espanha em Las Rozas e derrotou o mesmo time em Fafe. Superou a Irlanda do Norte, Irã e Tailândia, que estavam acima deles no Ranking Mundial Feminino de Futsal da FIFA, para conquistar a Ásia em maio.

Agora, as Cinco Nadeshiko querem superar as expectativas na primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA™, que começa nas Filipinas exatamente daqui um mês. A FIFA conversou com a capitã do Japão, Kaho Ito, para discutir o rival de grupo, Portugal, que quer levantar o troféu e inspirar as jovens.

FIFA: O Japão venceu a Espanha por 2 a 0 em Fafe no ano passado. Quanta confiança essa atuação deu à seleção?

Kaho Ito: Jogar contra as melhores do mundo foi uma grande conquista. Foi uma oportunidade de ver o quão alto é o padrão das seleções da Espanha, Brasil e Portugal, e aprender que somos boas o suficiente para enfrentá-las. Ficamos animadas para qualquer jogo, mas nós estávamos especialmente animadas. Também pudemos vivenciar em primeira mão o quão à frente essas outras meninas estão. Todas as partidas que disputamos nos mostraram o progresso que fizemos. Vencer a Espanha realmente aumentou nossa confiança no que podemos fazer.

A seleção iraniana venceu as duas primeiras edições da Copa Asiática de Futsal Feminino da AFC. Como foi a sensação de vencê-los e se classificar para a Copa do Mundo?

O Irã era o melhor time da Ásia, e sentíamos que, para sermos os melhores, tínhamos que vencer os melhores. Foi tão bom quando conseguimos! A partida contra a Tailândia também foi muito emocionante. Elas nos venceram mais cedo, então jogar contra eles novamente e vencer nos deu muita autoconfiança. Tivemos uma recepção fantástica quando voltamos para casa, e entrar neste torneio como o time número um da Ásia é algo muito importante para nós.

Ryo Egawa foi indicada ao prêmio de Melhor Jogadora Feminina de 2024. Quão boa ela é?

Geralmente jogamos em times diferentes, e eu detesto jogar contra ela! Mas agora somos companheiras de equipe, e ela é uma grande ajuda dentro e fora de campo. Tê-la por perto é um incentivo para todo o time.

Portugal é o favorito para vencer o Grupo C. O que você acha desta seleção portuguesa?

Portugal é uma seleção de classe mundial e todos os seus jogadores são incrivelmente talentosos, mas o fato de já termos jogado contra eles antes é muito importante para nós. Acho que a nossa passagem ou não pela fase de grupos vai depender do nosso desempenho contra elas. Uma coisa em que somos realmente bons é trabalhar duro como um todo. Cada um de nós contribui tanto na defesa quanto no ataque, e acho que isso será um trunfo para nós no cenário mundial. Queremos manter o foco e buscar vencer não apenas todos os jogos, mas todas as jogadas.

Qual é o objetivo do Japão na Copa do Mundo?

Queremos vencer tudo. Pode haver uma diferença de experiência entre nós e muitos outros países, mas se produzirmos o máximo que pudermos, os resultados virão. Vamos encarar um jogo de cada vez e tentar vencer cada um. Quando o Japão se sagrou campeão da Copa do Mundo Feminina em 2011, era praticamente possível sentir o olhar do mundo se voltar para eles. Será o mesmo para nós. Se conseguirmos fazer boas exibições na primeira Copa do Mundo de futsal, isso mudará a forma como as pessoas veem o futsal feminino. Sinceramente, sinto que este pode ser um ponto de virada para o esporte. Minha família virá me apoiar! Não é uma viagem longa do Japão, então espero que muitos outros fãs japoneses estejam lá para nos apoiar e que possamos aproveitar essa energia e conquistar o mundo juntos.

Quão animado você está para entrar em campo com a braçadeira e ouvir o hino nacional japonês na primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA?

Estou muito feliz por ter a oportunidade de participar deste torneio, algo que ninguém jamais vivenciou. Com tudo o que fizemos e aprendemos ao longo dos anos, é emocionante pensar até onde isso nos levará no cenário mundial. Acredito que nossas atuações terão um impacto real na popularidade do futsal feminino no Japão, e levaremos essa responsabilidade a sério. Minha motivação vem de todos que nos apoiam: amigos, familiares e todos os nossos fãs.

O futsal ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar um esporte amplamente conhecido, mas tem muito em comum com o futebol, e você pode facilmente entender o apelo quando o vivencia. Se nos assistir puder encorajar a próxima geração a praticar futsal, considero essa missão cumprida. Nada me deixaria mais feliz do que se um grupo de sonhadores como nós pudesse se tornar um sonho para outra pessoa almejar.